Atualmente, os maiores produtores de cortiça no mundo são: Portugal, Espanha, Marrocos, França, Tunísia e Itália.

A Rolha natural é extraída do sobreiro, uma árvore comum na península Ibérica, e de Portugal sai 50% de toda a cortiça do mundo.

Mesmo com o surgimento das rolhas sintéticas e das tampas com rosca de metal, a rolha de cortiça ainda representa cerca de 85% no fechamento dos vinhos

Para extrair a cortiça de rolha é preciso respeitar o longo ciclo da árvore, onde a primeira extração é feita quando o sobreiro atinge 25 anos. Depois é necessário esperar mais nove anos para fazer a segunda extração  e outros nove anos  para finalmente obter a cortiça de rolha.

Por estes motivos, a rolha sintética e as tampas de rosca (screwcap) vem ganhando aceitação em alguns países, como: Argentina, Chile, Brasil, África do Sul, Austrália, Alemanha, EUA e até mesmo na França, principalmente em vinhos jovens. As rolhas sintéticas, permitem inclusive que as vinícolas façam delas parte da comunicação do vinho, com cores diferentes, mensagens escritas, etc… Mas para espumantes e vinhos de guarda, a rolha natural ainda é tida como insubstituível.

rolhas sintéticas

Temos 3 tipos de rolhas de cortiça convencionais: 

SÓLIDA: mais comum em vinhos de boa qualidade, normalmente são rolhas longas para vinhos de guarda, é feita de cortiça pura, extraída no formato da rolha 100% natural

rolhas sólidas – natural

COMPENSADA: mais barata, normalmente utilizada em vinhos mais simples (de combate), é feita com cola e sobras de cortiça

rolhas compensadas

MISTA:  observe que nas suas duas extremidades as rolhas são feitas de cortiça pura, e no miolo é composta de cortiça compensada. Normalmente utilizada em vinhos intermediários e espumantes, pois a pressão dos espumantes, impossibilita a utilização das rolhas compensadas.

rolhas mistas

O bouchoneé (emboloramento da rolha de cortiça por um fungo), ocorre em cerca de 4% de toda produção mundial de vinhos. Ele é o conhecido gosto de rolha que é passado para o vinho, devido a ação deste fungo na cortiça.

TAMPA DE ROSCA – SCREWCAP

Antes de mais nada é importante acabarmos com o preconceito. A tampa de rosca não diz respeito à qualidade do vinho. Atualmente há grandes vinhos que utilizam este sistema de fechamento / vedação.

Na Austrália e na Nova Zelândia a utilização desse tipo de fechamento já é bastante comum, inclusive para vinhos de guarda. O que inicialmente era utilizado apenas para vinhos jovens já não é mais uma regra. Existem vinhos australianos de uma mesma safra acondicionados com tampa de rosca e com rolha de cortiça, onde o que foi acondicionado com a screwcap apresentou melhor evolução. Os resultados obtidos no envelhecimento com a screwcap mostram um envelhecimento mais lento, similar ao obtido em uma adega mais fria

No entanto a maioria dos vinhos que utilizam esse sistema aqui no Brasil, são de fato vinhos mais simples e/ou jovens para serem bebidos o quanto antes…